Hopper nostalgia

gostei das tuas mãos, são giras e suavemente dóceis e ágeis, quase cmo q as de uma menina... mas n chegam a isso
tens um braços porreiros e gostei das tuas pernas... gosto de pernas como colunas gregas
e tens uma cara genial, quando sorris
fisicamente, só reparei nisso
reparei no teu crâneo... alongado é raro... é bonito...
e tens o tike de mexer no cabelo, cmo se já tivesse sido grande (é algo mto de sagitário mexer no cabelo)
psicologicamente
tens opiniões próprias e tens uma vida
n és materialista, o q é bom
n és maniento, o q é excelente
inteligente, sobretudo pela capacidade de ler nas entrelinhas
e confesso que reparei enquanto olhavas para os meus lábios
em suma, gostei de ti, gostei de te conhecer in vivo
gostei da conversa
gostei da noite
e poderia continuar
Um dia, alguém me disse isto... apaixonei-me pouco depois, se é que não estava já apaixonado.
Intensamente, de curta duração, seguiu-se o vazio e a sensação de que nunca será suficientemente desafiante ou suficientemente preenchedor ou suficientemente normal ou natural.
Muito tempo passado, por acaso, tropeço nestas palavras de novo e, com pouco mais do que suave nostalgia por tempos passados e efectivamente VIVIDOS, recordo e questiono.
Porque é que quero sempre quem não consigo ter e o banal e fácil me conduz à náusea?
Porque é que para me sentir vivo tenho que sentir muito e com muita intensidade?
Porque é que estou dormente há quase uma dúzia de meses? Terei vivido, ou sonhei tudo isto?